Dez aforismos de Manuel João Vieira
Deve-se pensar depressa com o coração e sentir devagar com a cabeça.
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O castor constrói os diques. Ninguém lhe pede a assinatura de um arquitecto.
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Só temos uma coisa a perder: O computador, o carro, o dinheiro, a mulher (ou o «marido»), a liberdade, a vida e, hipoteticamente, a vida depois da morte.
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O homem é um canibal político.
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Os partidos são o pão partilhável no circo dos indigentes.
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Os portugueses não devem pagar do seu bolso os disparates que os governantes andam a fazer. Os governantes é que devem pagar do seu bolso ao povo os disparates que este anda a fazer.
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Vou acabar com essa vergonha que é a vergonha de ser português.
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A realidade é um equívoco que Vieira pode recolocar no seu lugar.
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Para fazer do imperialismo um tigre de papel é preciso ter muita prática de origami.
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O mal torna o poder paranóico. O poder torna o mal irónico.
O mal torna o poder paranóico. O poder torna o mal irónico.
[in Livro Rosé de Sua Santidade o Camarada Presidente Vieira, Assírio & Alvim, 2010]
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