quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

QUEM É O PALHAÇO?


Mário Crespo, ontem, no Parlamento, a mostrar uma camisola, com aquele ar de obstipado tão característico nele.
Mal faz a oposição em se servir deste homenzinho. Muito bem pode Sócrates com oposições destas...

Recordei um blogue que vi, muito a propósito. AQUI.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O HOMINÍDEO RANGEL



TEXTO DE PAULO FERREIRA, Subdirector do JORNAL DE NOTÍCIAS ( 16/02/2010):





Paulo Ferreira sabe do que fala, pois o tal artigo do Mário Crespo era para ser publicado no JN. Não o foi porque, de facto, era confrangedoramente ridículo: M Crespo dizia que tinha ouvido dizer que alguém ouvira não sei quem dizer que Sócrates falara no seu nome dizendo que ele era um problema, etc.
Esse artigo circulou na Net, eu li-o e percebi que o director do JN era mais sensato que esse estouvado Mário Crespo. Mas pelos vistos para o Sr. Rangel este é um problema tão grave que justifica a sua atitude de ir fazer queixinhas do governo português ao Parlamento Europeu.
É este homúnculo que se vai candidatar à liderança do PSD e, um dia destes, a 1º Ministro de Portugal!



A MENTIRA DE RANGEL
«Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, aprendeu depressa. Aprendeu a produzir "soundbites". Aprendeu a mover-se no aparelho partidário. Aprendeu a controlar os "tempos" da política. Aprendeu a formatar a imagem de intelectual que chega à política com o único intuito de ajudar o país a erguer-se da miséria, em contraponto aos que estão há demasiado tempo no "establishment" - aqueles de quem o "povo" desconfia e trata por "eles". Não admira: Paulo Rangel é um homem inteligente. Ocorre, porém, que o candidato à sucessão de Ferreira Leite também aprendeu depressa a mentir. Sim, a mentir de forma descabelada, não hesitando em usar gordas falsidades para sustentar a tese que a cada momento lhe convém. Mentir é sempre feio. Mentir como Paulo Rangel mentiu no Parlamento Europeu (PE) é feio, muito feio.

Os factos são os que se seguem.

Facto um. Uns dias antes de dizer ao país que deixará o PE para vir salvar Portugal, Paulo Rangel usou da palavra para informar os seus parceiros europeus do seguinte: "Queria denunciar aqui aquilo que se está a passar em Portugal neste momento, onde é claro que a comunicação social trouxe à luz um plano do Governo para controlar os jornais, para controlar estações de televisão, para controlar estações de rádio" (sic). Concluiu Rangel: tudo isto "põe em causa a liberdade de expressão". Truculento no uso da linguagem como é, o (ex) eurodeputado deve ter feito um figurão.

Facto dois. Para sustentar este quadro de terror, Rangel deu o exemplo de um "jornalista muito conhecido, Mário Crespo", que "viu censurada uma crónica sua, também por sugestão, ou aparente sugestão, do primeiro-ministro" (sic). Ao dizer isto, Paulo Rangel disse uma gigantesca mentira, sem nenhum facto, nenhum indício de que o proclamava tem correspondência com a realidade.

Por que razão é isto importante? Porque revela um (péssimo) traço de carácter. Revela que Paulo Rangel, que tanto gosta de aspergir moral sobre os ímpios, mente. Esse não é um facto de somenos, numa altura em que temos um primeiro-ministro acusado, por vários quadrantes, de usar a mentira para contornar os obstáculos.

Donde se impõem as perguntas: um homem que mente assim numa instância tão relevante como o PE pode ser líder do principal partido da Oposição? Se vencer a luta pela liderança do partido e concorrer a primeiro-ministro, como saberemos se, a cada declaração de substância que produz, não estará Rangel a mentir? E se chegar a primeiro-ministro? Que confiança deve Rangel merecer dos portugueses?

Solução possível: talvez tenhamos que o fazer passar, regularmente, por um detector de mentiras. Para descanso de todos nós.»