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Desconheço o autor mas parece-me que fez um retrato bem parecido connosco…
O PORTUGUÊS
• Adora abater quem tem mais sucesso, mais dinheiro, ou mais dotes do que ele
• Adora achincalhar em vida, para se revelar no deleite da homenagem póstuma
• Aprecia o discurso musculado e autoritário, confundindo-o com superioridade moral
• Avalia todas as situações com o clássico "mais ou menos"
• Confunde desejo com vontade
• Confunde esforço com método
• Confunde fantasia com ambição
• Confunde improvisação com genialidade
• Confunde impunidade com tolerância
• Confunde resignação com calma
• Deixa a "culpa" morrer solteira, por não querer casar com ela
• Gosta da obra, mas desdenha da construção
• Não acredita no esforço e no método
• Não acredita no Governo e no trabalho, mas acredita na influência e na "cunha"
• Não é capaz de inscrever-se por uma causa, mas disputa-se por dois palmos de terra
• Não gosta do concreto, mas é atraído pelo mistério
• Odeia a punição, e adora armar-se em vítima
• Queixa-se o tempo todo e tem ódio aos que nunca se lamentam
• Tem alma de herói, mas não tem estofo de campeão
• Tem capacidade de sacrifício pouco vulgar, mas revela um sentido de exigência baixo do normal
• Tem sonhos, mas não objectivos
• Vive de momentos, e não de planos
• Vive de repentes e não de estratégias e paciência
